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Manual de Eficiência Energética para a Indústria resulta de colaboração entre o Técnico e a DGEG

Da colaboração estreita resultou um trabalho que aborda de forma sistematizada as medidas transversais que neste domínio poderão ser adotadas pelas várias entidades do setor.

A parceria entre a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) e o Técnico, iniciada aquando da participação conjunta no Grupo Nacional de Integração de Processos (GNIP), reformulou-se e tem vindo a dar frutos. O mais recente foi apresentado na manhã desta segunda-feira, 11 de dezembro, no Salão Nobre do Técnico e congrega várias medidas transversais de eficiência energética para a Indústria. O trabalho resulta do contributo dos professores Henrique Matos, Cristina Fernandes e Clemente Pedro Nunes do Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA).

A abrir a sessão o professor Arlindo Oliveira, presidente do Técnico, quis apenas destacar a relevância do assunto que está na origem deste trabalho. “Toda a gente está de acordo que esta temática é crucial”, salientou, acrescentando que “a eficiência energética é indiscutivelmente importante para o país, para as industrias que a adotem e para o ambiente”.

Mário Guedes, diretor-geral de Energia e Geologia, e Carlos Cardoso, vice-presidente da CIP, nas suas alocuções, reiteraram igualmente a importância deste assunto para uma “melhor eficiência económica” da indústria. “Esperamos que este seja apenas o primeiro esforço de uma nova fase neste caminho pela eficiência energética”, assinalou António Saraiva, até porque segundo o mesmo “esta é uma das principais medidas na progressão a indústria”.

Seguiu-se depois a exposição do trabalho levado a cabo. A apresentação das medidas transversais que podem ser aplicadas no setor industrial e que convergiram neste manual foram apresentadas pelo professor Clemente Pedro Nunes, mas não sem antes este oferecer à plateia um panorama acerca das iniciativas internacionais que existem em torno desta temática. Sistemas acionados a motores elétricos, a recuperação de calor, a produção combinada de energia mecânica e elétrica, a produção de calor e frio e a iluminação industrial foram algumas das componentes da ação industrial onde foram mostradas determinadas medidas que podem ser adotadas e tidas em consideração. “Que fique bem claro que o nosso objetivo é a eficiência energética e não a redução dos consumos”, assinalava o professor do Técnico.

Além das medidas, houve também lugar à exposição de casos de sucesso de algumas entidades industriais, mas também à apresentação de financiamentos ou apoios disponíveis neste âmbito, numa manhã onde soluções não faltaram. O Secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, que não pode estar presente, fez questão de delegar a transmissão de uma mensagem de agradecimento pelo esforço conjunto na elaboração deste manual. “O caminho passará sempre por consciencializar e sensibilizar os intervenientes para estas temáticas, mostrando que é possível produzir mais e melhor, consumindo menos”, partilhou Mário Guedes em nome de Jorge Seguro Sanches.